A coisa mais legal de lá (e só depois que voltei percebi isso) é que nunca tem ninguém em lugar nenhum. Fora da cidade, digo. É tudo fazenda de gado, aliás, é uma história triste. Eu acho triste. A terra de lá já está tão, mas tão destruída que só o que restou foi tocar gado (eu tinha que inserir a expressão "tocar gado" em algum lugar do texto, sorry, pessoas). Fazenda de gado, vocês sabem. Larga as vaca lá e pronto, não precisa ninguém. Bom, sei lá como funciona, só sei que não precisa ninguém, as vacas se viram lá, comem o pasto, bebem água e pronto.
Sendo assim, não há absolutamente ninguém em lugar nenhum. Você passa por quilômetros e quilômetros de estradas (de terra, claro) e não vê ninguém.
Isso é absolutamente lindo. Se eu não tivesse medo de vaca, se não fossem os insetos, o calor desgraçado, as onças, sucuris e sabe-se lá mais o quê e etc etc etc, eu poderia simplesmente ir andando por uma estrada dessas até sei lá, até o fim (o meu fim, não o da estrada). Muito legal isso. Quando cheguei em Sampa foi um choque. Tava chovendo e por toda a avenida Paulista havia centenas (milhares, milhões, sei lá) de pessoas embaixo de marquises e toldos esperando a chuva passar. E era domingo. Gente, gente, gente pra todo lado. Que horror.